Eleições nos EUA: Netanyahu celebra vitória de Trump como "recomeço" para a aliança com Israel, enquanto Tel Aviv enfrenta ataques do Hezbollah
Israel celebra a vitória de Trump como um novo impulso para sua aliança com os EUA, enquanto Tel Aviv enfrenta novos ataques do Hezbollah.
Nesta quarta-feira, dia 6, autoridades israelenses expressaram entusiasmo com o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos, que culminaram com a vitória de Donald Trump. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que essa mudança na liderança norte-americana representa um "poderoso recomeço" para a já longa e significativa aliança entre Israel e os EUA.
A comemoração, no entanto, ocorre em um momento delicado. O amanhecer em Tel Aviv foi marcado por um ataque lançado pelo grupo Hezbollah, intensificando a já tensa situação de segurança na região. O grupo, considerado terrorista por Israel e outros países ocidentais, há anos trava uma guerra de guerrilha contra o Estado israelense e, recentemente, aumentou a intensidade de suas ações. Com o apoio do Irã, o Hezbollah mantém uma postura agressiva em relação a Israel, o que faz com que a defesa israelense permaneça constantemente em alerta.
Para o governo israelense, o cenário geopolítico no Oriente Médio sempre exigiu uma aliança forte com os Estados Unidos, parceiro de Israel em questões de defesa e segurança, além de suporte diplomático no cenário internacional. Durante as administrações anteriores, as relações entre os dois países passaram por altos e baixos, com divergências em relação a temas críticos, como o acordo nuclear com o Irã. A eleição de Trump é vista por Netanyahu e seus aliados como uma oportunidade para fortalecer as políticas de segurança em Israel e reforçar o combate a grupos considerados ameaças, como o Hezbollah e o Hamas.
Analistas de segurança em Tel Aviv e Washington sugerem que o apoio da nova administração norte-americana poderá levar a uma intensificação das sanções contra o Irã, país que financia e apoia as atividades do Hezbollah no Líbano e em regiões fronteiriças de Israel. Em um discurso transmitido pela televisão israelense, Netanyahu expressou a expectativa de que essa "aliança renovada" poderá aumentar a segurança e o apoio militar, especialmente em tempos de intensificação das hostilidades.
Tel Aviv: Resiliência diante dos ataques
A população de Tel Aviv acordou nesta quarta-feira sob o impacto dos ataques, que se intensificaram nas últimas semanas. As sirenes de emergência ecoaram pela cidade, levando os moradores a buscarem abrigo nos locais de proteção antiaérea. O clima de tensão, entretanto, não é novo para os habitantes, que convivem com a realidade de ataques intermitentes. Muitos cidadãos expressam solidariedade mútua nas redes sociais e enfatizam a necessidade de união neste momento.
A força militar israelense reagiu prontamente ao ataque do Hezbollah, reforçando o sistema de defesa antimísseis, que intercepta boa parte das ameaças antes de chegarem ao solo israelense. Embora Israel tenha um dos sistemas de defesa mais avançados do mundo, a situação continua complexa e desafiadora, especialmente à luz das questões políticas e religiosas que envolvem a região.
Expectativas com o governo Trump e o futuro das relações Israel-EUA
O governo israelense vê no novo presidente dos EUA um aliado fiel e decidido em fortalecer a segurança de Israel. Trump, durante sua campanha, reforçou seu apoio ao Estado israelense, prometendo reforçar os laços diplomáticos e militares e apoiar Israel em questões estratégicas, incluindo o direito de autodefesa e a pressão contra o desenvolvimento nuclear iraniano.
O impacto imediato desse novo capítulo nas relações Israel-EUA é esperado no campo diplomático e militar, com a perspectiva de uma maior colaboração nos sistemas de defesa e na cooperação em inteligência.