Projeto qualifica mototaxistas de favelas do Rio para atuar no turismo

Com foco em qualificar moradores e mototaxistas de favelas como condutores turísticos, a plataforma Na Favela Turismo e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) formam nesta quarta-feira (5) 100 novos profissionais para atuar em comunidades da zona sul do Rio. As comunidades atendidas são Rocinha, Cantagalo, Pavão-Pavãozinho e Vidigal.  O projeto também conta com apoio da Secretaria Estadual de Turismo do Rio e busca fortalecer o setor por meio do turismo de base comunitária. Para atender às demandas do setor e trazer protagonismo e autonomia aos moradores, foi idealizado o curso de capacitação de condutores locais, nos temas:  turismo receptivo e de base comunitária;  como melhorar o atendimento ao turista (hospitalidade);  como se regularizar (MEI e Cadastur), finanças e marketing digital para guias. Notícias relacionadas:Sob facções e operações, população de favelas vive traumas e adoece.Moradores de favelas protestam no Rio após megaoperação com 121 mortos.Cufa lança instituto de pesquisas cooperativo com foco em favelas .O idealizador da plataforma Na Favela Turismo, Renan Monteiro, acredita que condutores turísticos qualificados trazem benefícios para toda a cadeia turística. “Quando o turista recebe um produto melhor, ele indica mais pessoas a nos visitarem, e, assim, nossa demanda aumenta e conseguimos impactar cada vez mais as nossas favelas”, aponta Renan Monteiro.  >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Qualificação Um dos novos profissionais qualificados é o mototaxista Jonathan Lima de Brito, que conta como a experiência sobre duas rodas o levou a conhecer o projeto e a uma capacitação como guia de turismo. Mas a trajetória não foi fácil.   “Quando mais novo, fiz coisas erradas, paguei por isso e procurei me redimir. Comecei com uma moto alugada, juntei dinheiro pra comprar outra, tirei a minha habilitação e hoje estou procurando progredir”.  Ele tem o sonho de abrir seu próprio empreendimento, de roteiros guiados com motocicletas, e também aprender outras línguas. “Me apresentaram a primeira reunião, eu gostei e vi que ali era uma coisa boa. Que muitas portas iriam se abrir para nós”, completa. *Estagiária sob supervisão do jornalista Gilberto Costa

Projeto qualifica mototaxistas de favelas do Rio para atuar no turismo

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Com foco em qualificar moradores e mototaxistas de favelas como condutores turísticos, a plataforma Na Favela Turismo e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) formam nesta quarta-feira (5) 100 novos profissionais para atuar em comunidades da zona sul do Rio. As comunidades atendidas são Rocinha, Cantagalo, Pavão-Pavãozinho e Vidigal. 

O projeto também conta com apoio da Secretaria Estadual de Turismo do Rio e busca fortalecer o setor por meio do turismo de base comunitária. Para atender às demandas do setor e trazer protagonismo e autonomia aos moradores, foi idealizado o curso de capacitação de condutores locais, nos temas: 

  • turismo receptivo e de base comunitária; 
  • como melhorar o atendimento ao turista (hospitalidade); 
  • como se regularizar (MEI e Cadastur), finanças e marketing digital para guias.

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O idealizador da plataforma Na Favela Turismo, Renan Monteiro, acredita que condutores turísticos qualificados trazem benefícios para toda a cadeia turística.

“Quando o turista recebe um produto melhor, ele indica mais pessoas a nos visitarem, e, assim, nossa demanda aumenta e conseguimos impactar cada vez mais as nossas favelas”, aponta Renan Monteiro. 

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Qualificação

Um dos novos profissionais qualificados é o mototaxista Jonathan Lima de Brito, que conta como a experiência sobre duas rodas o levou a conhecer o projeto e a uma capacitação como guia de turismo. Mas a trajetória não foi fácil.  

“Quando mais novo, fiz coisas erradas, paguei por isso e procurei me redimir. Comecei com uma moto alugada, juntei dinheiro pra comprar outra, tirei a minha habilitação e hoje estou procurando progredir”. 

Ele tem o sonho de abrir seu próprio empreendimento, de roteiros guiados com motocicletas, e também aprender outras línguas.

“Me apresentaram a primeira reunião, eu gostei e vi que ali era uma coisa boa. Que muitas portas iriam se abrir para nós”, completa.

*Estagiária sob supervisão do jornalista Gilberto Costa