Supertufão Ragasa devasta Ásia com ventos extremos, mortes e milhões de deslocados
Com ventos acima de 200 km/h, Ragasa causa mortes, destruição e obriga milhões a deixarem suas casas em Taiwan, Filipinas e China.

O supertufão Ragasa, considerado o ciclone tropical mais intenso de 2025, atravessa a Ásia com ventos superiores a 200 km/h, chuvas torrenciais e ondas gigantescas que têm provocado um cenário de caos generalizado. As autoridades de diferentes países mobilizaram operações emergenciais em larga escala diante do risco à vida de milhões de pessoas. Em Taiwan, pelo menos 14 pessoas morreram após o rompimento de um reservatório natural que liberou milhões de toneladas de água, inundando bairros inteiros e arrastando construções. Nas Filipinas, onde o tufão era chamado de Nando, comunidades inteiras foram evacuadas e serviços públicos paralisados com ventos superiores a 260 km/h que derrubaram linhas de energia e destruíram plantações.
Ao se aproximar da costa chinesa, Ragasa provocou a suspensão de centenas de voos e o fechamento temporário do aeroporto de Hong Kong, afetando mais de 700 operações aéreas. Na província de Guangdong, as autoridades intensificaram evacuações preventivas que já somam quase dois milhões de pessoas deslocadas. Cidades costeiras, portos e áreas industriais entraram em alerta máximo, enquanto equipes militares e civis trabalham para reforçar barreiras de contenção e prestar socorro às populações mais vulneráveis.
O cenário de destruição se estende por áreas urbanas e rurais, com risco elevado de deslizamentos de terra, colapso de infraestruturas e alagamentos persistentes. Estradas foram bloqueadas, pontes comprometidas e redes de comunicação interrompidas, dificultando o trabalho de resgate e de envio de suprimentos. Comunidades inteiras permanecem isoladas, dependendo do apoio de aeronaves e embarcações para receber água potável, alimentos e medicamentos.
Especialistas em clima alertam que Ragasa é mais um sinal do aumento da intensidade dos fenômenos extremos no Pacífico Ocidental, fenômeno associado ao aquecimento global. A combinação de mares mais quentes e sistemas atmosféricos instáveis tem favorecido a formação de tempestades cada vez mais poderosas e imprevisíveis, ampliando a vulnerabilidade de regiões densamente povoadas próximas ao litoral asiático. O risco de agravamento dos danos cresce à medida que o ciclone avança para o interior do continente, com possibilidade de marés elevadas, falhas em sistemas elétricos e corte de comunicações.
A reconstrução exigirá esforços coordenados de governos, organizações internacionais e sociedade civil para garantir socorro imediato, restabelecimento de serviços básicos e recuperação das comunidades afetadas. Milhões de pessoas permanecem em abrigos provisórios, aguardando o fim das tempestades e o início de um longo processo de reconstrução que exigirá recursos, planejamento e solidariedade em escala regional e global.