Minha Jornada com a Inteligência Artificial: Aplicação, Fascínio e Estratégia no Mundo Real

A inteligência artificial transformou minha rotina no sítio em Pará de Minas e nos negócios, integrando tecnologia prática à vida rural, comercial e intelectual com resultados reais e estratégicos.

Minha Jornada com a Inteligência Artificial: Aplicação, Fascínio e Estratégia no Mundo Real

Vivenciar a inteligência artificial deixou de ser uma curiosidade técnica para se tornar uma experiência transformadora e estratégica no meu cotidiano profissional. A IA não é apenas uma tecnologia: é uma lente pela qual passei a reinterpretar a realidade, os negócios e até os desafios sociais mais complexos. Enquanto muitos ainda enxergam a IA com distanciamento ou receio, minha trajetória me levou a entender seu verdadeiro poder, o de aplicar inteligência em escala para resolver problemas reais e urgentes.

Um dos marcos mais significativos na minha trajetória com inteligência artificial aconteceu aqui mesmo, no meu sítio em Pará de Minas. Longe dos grandes centros urbanos e das megafazendas do Centro-Oeste, comecei a aplicar IA de forma direta e funcional no contexto da pequena produção rural. Um exemplo prático: em meio à plantação, uma infestação de ervas daninhas, como a temida vassourinha-de-botão, ameaçava o desenvolvimento de culturas essenciais. Utilizando técnicas de visão computacional, treinei modelos para distinguir automaticamente o que era planta produtiva e o que era praga, a partir de simples imagens capturadas por drone. Em questão de minutos, eu tinha um mapa completo da área contaminada, algo que antes levaria dias de inspeção manual. A IA passou a ser, ali, uma aliada concreta da gestão agrícola familiar, elevando produtividade, reduzindo perdas e otimizando recursos com precisão cirúrgica.

O mesmo vale para os desafios que enfrento com a fauna silvestre local, especialmente com os recorrentes ataques de raposas ao galinheiro, que por muito tempo causaram perdas significativas. Elas agem de forma sorrateira, geralmente à noite, e deixam rastros difíceis de rastrear a olho nu. Para lidar com isso, implementei câmeras de monitoramento noturno integradas a algoritmos de detecção de movimento e comportamento animal. A inteligência artificial passou a identificar padrões de aproximação e invasão, enviando alertas instantâneos e permitindo ações preventivas antes do ataque acontecer. Isso trouxe um novo patamar de segurança para o manejo de aves, protegendo não só os animais, mas todo o investimento dedicado à criação. É a tecnologia atuando de forma precisa, silenciosa e contínua, mesmo em um cenário rural.

Esses aprendizados não ficaram restritos ao campo. Levei essa mesma mentalidade para o setor de serviços, incluindo o comércio local e o ambiente farmacêutico, que muitos ainda consideram distantes da tecnologia de ponta. Em uma conversa informal com um amigo farmacêutico aqui da região, ele me questionou, de forma cética: “Mas será que inteligência artificial realmente serve para farmácias pequenas como a minha?” Na hora, abri o ChatGPT e pedi uma lista de aplicações práticas. Em segundos, surgiram soluções como automação do controle de estoque, sugestão personalizada de reposição de produtos, identificação de padrões de consumo, assistência no atendimento ao cliente, análises de vendas e até triagem prévia de sintomas com base em linguagem natural. A reação dele foi de espanto. Essa experiência mostrou, mais uma vez, que a limitação não está na tecnologia, mas na falta de familiaridade com o seu potencial. Quando bem orientada, a IA pode ser aplicada em qualquer segmento, da roça à farmácia de bairro, com ganhos reais em eficiência, atendimento e decisão.

A chave é preparo e adaptação constante. Sim, haverá profissionais que ficarão pelo caminho, mas isso não será por culpa da IA. Será por inércia diante da mudança. Enquanto alguns esperam, outros constroem soluções. Eu escolhi o segundo grupo.

Uma das ferramentas que incorporo é o ChatGPT, como centro de raciocínio contextual e pesquisa aprofundada. Estudo temas densos, de teologia a astrofísica, pedindo ao sistema que interprete imagens astronômicas, transcreva áudios de podcasts, monte resumos com referências cruzadas e até gere mapas mentais e cronologias históricas. Isso não é só agilidade. É cognição assistida.

Já a Manus, com sua estrutura de agentes, me permite ir além: criar ambientes interativos de estudo, sites temáticos a partir de temas complexos, automações de clipping de notícias diárias e análises específicas com visualizações personalizadas. A IA deixou de ser apenas uma ferramenta. Ela se tornou uma extensão estratégica do meu cérebro.

O grande desafio, hoje, não é mais o acesso à informação, mas a curadoria e o foco em meio à avalanche de dados. Combato a sensação de esmagamento, a conhecida FOMO, com estratégia: foco na minha área, extraio aplicações práticas e deixo que a IA potencialize minha produtividade com precisão cirúrgica.

O futuro da IA não é um robô que vai nos substituir. É um sistema inteligente que, usado com consciência, vai nos empoderar. Vai nos permitir estudar mais rápido, decidir melhor, trabalhar com mais profundidade e viver com mais propósito. Para mim, não há mais volta: a inteligência artificial é parte da minha rotina, da minha estratégia de aprendizado e do meu modo de ver o mundo. Quem não estiver construindo junto dela, está ficando para trás.