Conferência das Mulheres faz alerta sobre câncer de mama

Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado ao câncer de mama e ao câncer do colo de útero salvam vidas. Com essa mensagem pela campanha do Outubro Rosa, que se inicia nesta quarta-feira (1º), a ministra das Mulheres, Marcia Lopes, abriu o terceiro e último dia da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), em Brasília. "O Outubro Rosa simboliza vida, esperança e cuidado. E esse cuidado no Brasil tem nome, o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS. A ministra ainda orientou as mulheres a fazerem mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS)." Notícias relacionadas:Hoje é Dia destaca Outubro Rosa, dia dos idosos e proteção aos animais.Outubro Rosa: mulheres têm exames gratuitos na rodoviária de Brasília.Hoje é Dia: Mafalda, idosos e Outubro Rosa são destaques. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Câncer de mama  Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama é o mais incidente e, também, a principal causa de mortalidade por câncer em mulheres no Brasil. O número estimado de casos novos de câncer de mama no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 casos por ano,  correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres, conforme a publicação "Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil" do Inca.  Em 2021, foram registrados 18.139 óbitos de mulheres por câncer de mama no Brasil. No entanto, a maioria dos casos, quando tratada adequadamente e em tempo oportuno, tem bom prognóstico para as pacientes. A primeira orientação do Inca é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano). A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento pela mamografia.   Ministra da mulheres, Márcia Lopes (c), discursa na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Foto: José Cruz/Agência Brasil O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano) e a principal forma de prevenção é a vacinação contra este vírus, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual. A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, ou exame Papanicolau, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos. "O SUS também fortalece ações de prevenção do câncer do colo útero, que fazem diferença e que reafirmam o valor do cuidado. O Ministério das Mulheres trabalha lado a lado com o SUS e com outros ministérios para ampliar o acesso das mulheres às políticas de prevenção e para garantir que a informação chegue em linguagem acessível, promova campanhas educativas e lutar para que todas, em qualquer território do Brasil, possam ter plenamente o direito ao cuidado." Pessoa Idosa As participantes da  5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM) também celebraram o Dia Internacional das Pessoas Idosas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com os dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa (60+) no Brasil é 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população total do país. Dentro da população de pessoas com 60 anos ou mais, as mulheres são a maioria (55,7%). A titular da pasta das Mulheres reconhece que, em muitas situações, as mulheres idosas são as mais afetadas pela desigualdade de gênero, pela violência e pela exclusão e destacou a importância do cuidado que deve ser promovido por todos. "Queremos assegurar que elas tenham, não apenas acesso à saúde, mas também respeito, proteção, valorização e protagonismo das suas vidas." A ministra informou que os idosos estarão dentro do Plano Nacional de Cuidados, que ainda será lançado pelo governo federal. "Cuidar das mulheres em todas as partes da vida é construir um Brasil mais justo. O cuidado não pode ser visto apenas como responsabilidade individual, mas como um compromisso do Estado, como um dever coletivo, um valor fundamental da sociedade[...]. Que este mês nos inspire a ampliar esse cuidado à saúde, educação, assistência social, cultura, da infância à velhice, porque o país que cuida é o país que garante o futuro, a memória e a dignidade."  Maria Gorete na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres Foto: José Cruz/Agência Brasil A delegada maranhense da conferência das mulheres, Maria Gorete Cruz, de Morros (MA), município do chamado Portal dos Lenç

Conferência das Mulheres faz alerta sobre câncer de mama

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Prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado ao câncer de mama e ao câncer do colo de útero salvam vidas. Com essa mensagem pela campanha do Outubro Rosa, que se inicia nesta quarta-feira (1º), a ministra das Mulheres, Marcia Lopes, abriu o terceiro e último dia da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), em Brasília.

"O Outubro Rosa simboliza vida, esperança e cuidado. E esse cuidado no Brasil tem nome, o Sistema Único de Saúde, o nosso SUS. A ministra ainda orientou as mulheres a fazerem mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS)."

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Câncer de mama 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama é o mais incidente e, também, a principal causa de mortalidade por câncer em mulheres no Brasil.

O número estimado de casos novos de câncer de mama no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 73.610 casos por ano,  correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres, conforme a publicação "Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil" do Inca.  Em 2021, foram registrados 18.139 óbitos de mulheres por câncer de mama no Brasil. No entanto, a maioria dos casos, quando tratada adequadamente e em tempo oportuno, tem bom prognóstico para as pacientes.

A primeira orientação do Inca é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano). A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento pela mamografia.

 

Brasília (DF), 01/10/2025 – A ministra da mulheres, Márcia Lopres (c), discursa na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Foto: José Cruz/Agência Brasil Brasília (DF), 01/10/2025 – A ministra da mulheres, Márcia Lopres (c), discursa na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ministra da mulheres, Márcia Lopes (c), discursa na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano) e a principal forma de prevenção é a vacinação contra este vírus, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual. A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, ou exame Papanicolau, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos.

"O SUS também fortalece ações de prevenção do câncer do colo útero, que fazem diferença e que reafirmam o valor do cuidado. O Ministério das Mulheres trabalha lado a lado com o SUS e com outros ministérios para ampliar o acesso das mulheres às políticas de prevenção e para garantir que a informação chegue em linguagem acessível, promova campanhas educativas e lutar para que todas, em qualquer território do Brasil, possam ter plenamente o direito ao cuidado."

Pessoa Idosa

As participantes da  5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM) também celebraram o Dia Internacional das Pessoas Idosas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com os dados do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa (60+) no Brasil é 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população total do país.

Dentro da população de pessoas com 60 anos ou mais, as mulheres são a maioria (55,7%).

A titular da pasta das Mulheres reconhece que, em muitas situações, as mulheres idosas são as mais afetadas pela desigualdade de gênero, pela violência e pela exclusão e destacou a importância do cuidado que deve ser promovido por todos.

"Queremos assegurar que elas tenham, não apenas acesso à saúde, mas também respeito, proteção, valorização e protagonismo das suas vidas." A ministra informou que os idosos estarão dentro do Plano Nacional de Cuidados, que ainda será lançado pelo governo federal.

"Cuidar das mulheres em todas as partes da vida é construir um Brasil mais justo. O cuidado não pode ser visto apenas como responsabilidade individual, mas como um compromisso do Estado, como um dever coletivo, um valor fundamental da sociedade[...]. Que este mês nos inspire a ampliar esse cuidado à saúde, educação, assistência social, cultura, da infância à velhice, porque o país que cuida é o país que garante o futuro, a memória e a dignidade."

Brasília (DF), 01/10/2025 – Maria Gorete na  5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Foto: José Cruz/Agência Brasil Brasília (DF), 01/10/2025 – Maria Gorete na  5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
 Maria Gorete na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres Foto: José Cruz/Agência Brasil

A delegada maranhense da conferência das mulheres, Maria Gorete Cruz, de Morros (MA), município do chamado Portal dos Lençóis Maranhenses, tem 73 anos. Esta é a segunda participação dela em uma mobilização nacional de políticas para as mulheres, depois de 2004. A aposentada agradece o respeito de jovens mulheres brasileiras pela sua voz e a valorização da experiência que ela e outras mulheres têm. 

"Tentamos transmitir a experiência que nós temos na vida na posição de mulheres que trabalham com políticas públicas para outras mulheres".