Bolsonaro Rebate Acusações e Defende Atuação Dentro dos Limites da Lei
Bolsonaro nega acusações do STF, cita princípios constitucionais e exige provas concretas para condenação.

Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou publicamente sobre as investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que o vinculam a uma suposta organização criminosa e a um plano para atentar contra o Estado Democrático de Direito. Em sua defesa, Bolsonaro negou veementemente qualquer envolvimento em atos ilícitos, reforçando seu compromisso com a Constituição Federal e o devido processo legal.
Bolsonaro argumentou que, no período dos eventos investigados, sequer estava no Brasil, o que, segundo ele, enfraquece qualquer alegação de que tenha coordenado ou incentivado ações criminosas. Além disso, ressaltou que, conforme o princípio da individualização da pena previsto no artigo 5º, inciso XLV, da Constituição Federal, "nenhuma pena passará da pessoa do condenado", o que significa que cada indivíduo deve responder exclusivamente por seus atos, e não por suposições ou ligações políticas.
O ex-presidente também citou a necessidade de provas concretas para qualquer condenação criminal, conforme estipulado no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal, que determina a absolvição quando não houver provas suficientes para sustentar uma acusação. "No direito penal, conjecturas e interpretações subjetivas não bastam para condenar alguém. É necessária a demonstração inequívoca de culpa, o que não existe no meu caso", afirmou Bolsonaro.
Outro ponto levantado por Bolsonaro foi a presunção de inocência, princípio fundamental garantido pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição, que estabelece que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Segundo ele, os ataques que vem sofrendo representam uma tentativa de criminalizar sua trajetória política sem a devida observância dos direitos e garantias individuais.
No âmbito penal, o Código Penal Brasileiro prevê que crimes contra o Estado Democrático de Direito, como tentativa de golpe ou organização criminosa, devem ser analisados com base na Lei nº 14.197/2021, que define crimes contra as instituições democráticas. No entanto, Bolsonaro sustenta que nunca incentivou ou participou de qualquer tentativa de subversão da ordem institucional. "Sempre atuei dentro da legalidade e do respeito às instituições. A democracia não se constrói com perseguições políticas, mas sim com respeito ao contraditório e ao amplo direito de defesa", pontuou.
O caso segue em tramitação no STF, com novas diligências sendo realizadas para aprofundar a investigação. Enquanto isso, Bolsonaro continua sua estratégia de defesa, amparado por sua equipe jurídica e por apoiadores que argumentam que as acusações fazem parte de uma perseguição política. Nos próximos meses, a expectativa é que novas evidências sejam apresentadas e que o desenrolar do processo esclareça as circunstâncias reais das acusações.